A agência de notação financeira norte-americana Moody's baixou, esta sexta-feira, o rating atribuído à dívida da Bélgica de Aa1 (o segundo mais elevado) para Aa3 e antecipou novos cortes.
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A Moody's justificou esta decisão com a degradação das condições de financiamento na Zona Euro, os riscos relativos ao crescimento da economia belga e o custo fiscal que o país poderá ter para resgatar bancos, incluindo o Dexia.
«A fragilidade dos mercados da dívida pública é cada vez mais pronunciada e tem poucas hipóteses de parar num futuro próximo. Isso traduz-se num potencial acrescido de tensões sobre o financiamento dos países da Zona Euro com uma dívida pública e necessidades de refinanciamento, como a Bélgica», refere a Moody's, em comunicado.
Também o «aumento considerável dos riscos de crescimento no médio prazo, muito além de todo o ajustamento cíclico normal, na pequena e aberta economia belga», e «a emergência de novos riscos, que criam uma maior incerteza quanto às implicações de compromissos a favor do sector bancário para as finanças do Estado», foram argumentos apontados pela agência.