O lucro deste grupo construtor cresceu 20% nos primeiros seis meses de 2025, com a rentabilidade a subir, o rácio de endividamento a melhorar e a carteira de encomendas a ultrapassar os 14,7 mil milhões de euros
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A Mota Engil revelou que encerrou o período de janeiro a junho com o seu melhor desempenho de sempre para um primeiro semestre ao atingir um resultado líquido de 59 milhões de euros, o que significa uma subida de 20% no lucro.
Em comunicado, o grupo adianta que o primeiro semestre de 2025 foi um período caracterizado por um desempenho operacional a níveis recorde, que permitiu, na conjugação dos principais indicadores, os melhores resultados de sempre acumulados a junho.
Com um volume de negócios de 2745 milhões de euros, a empresa registou um crescimento do EBITDA em 13% para 448 milhões de euros (alcançando uma margem de 16%, um dos melhores registos de rentabilidade operacional entre os seus peers internacionais) e um resultado líquido de 59 milhões de euros (+20% vs. junho 2024).
Para a empresa, este desempenho permitiu alcançar de forma transversal níveis inéditos de atividade e rentabilidade e evidenciou a tendência de crescimento sustentável, focada na rentabilidade (crescimento de 13% em EBITDA e 26% em EBIT) e geração de caixa (com um CFO ou Cash-Flow proveniente das operações de 536 milhões de euros, um crescimento de 22%).
A administração reafirma a concretização dos objetivos previamente delineados no seu plano de negócios, o que motivará a apresentação de um novo Plano Estratégico até final do 1.º trimestre de 2026, com novos objetivos e ambições até 2030.
Relativamente ao desempenho financeiro, o grupo reafirma que reduziu a dívida líquida em 64 milhões de euros e melhorou o rácio de dívida líquida/EBITDA para 1,68x, uma tendência consolidada nos últimos anos, que concretiza a estratégia de crescimento sustentável alinhada com o reforço da solidez do balanço.
Analisando o desempenho por áreas de negócios, destaca-se o crescimento de faturação em África (+59%) e no Ambiente (+15%), com o EBITDA em África a registar um crescimento de 77%, impulsionado pela atividade nos seus mercados core e pela expansão do negócio de Engenharia Industrial (+87%), que coloca atualmente o Grupo Mota-Engil como líder nos serviços de Contract Mining no continente africano.
Quanto ao desempenho na Europa, de -18%, neste primeiro semestre do ano, a Mota-Engil diz que há a considerar o efeito da Polónia em 2024, um negócio alienado em setembro.
Porque "sem esse efeito [registou 79 milhões de euros de faturação a junho de 2024], a região teria registado um crescimento de 11% em base comparável, num mercado como o português penalizado pelos ciclos eleitorais e pelo atraso no lançamento de concursos de projetos relevantes", refere.
No caso da América Latina, tal como já tinha transmitido no início do ano ao mercado, registou uma descida da sua atividade em linha com o expectável, dada a conclusão de projetos relevantes, o que foi devidamente considerado no planeamento de 2025, com o início de novos contratos em África, o que, de forma global, reforçou a rentabilidade global do grupo.
