A Moviflor comunicou hoje aos trabalhadores que vai encerrar temporariamente as lojas a partir de 01 de outubro. Em comunicado a empresa explica que não conseguiu cumprir o Plano Especial de Revitalização nem conseguiu chegar a acordo com um potencial investidor.
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O encerramento temporário das quatro lojas que a empresa detém no país está a suscitar grande preocupação aos trabalhadores.
Ouvida pela TSF, Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, advinha que este encerramento deverá ser definitivo, uma vez que há meses de salários em atraso não só para os que ainda trabalham na empresa como também para os que saíram por via do despedimento coletivo ou por rescisão de contrato.
«É uma situação preocupante até porque deu entrada a 1 de agosto um requerimento de insolvência no Tribunal de Comércio de Lisboa», acrescentou Célia Lopes, que lembrou que não há informações sobre este pedido face à atual situação da Justiça.
O sindicato lembra que em julho último, já tinha denunciado o incumprimento do PER, situação «que se mantém», já que os trabalhadores não recebem os salários nem as dívidas anteriores.
O PER homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa a 17 de dezembro de 2013 previa a recuperação da Moviflor e o pagamento regular de salários, o que, segundo o sindicato, não tem vindo a acontecer.
Além do despedimento coletivo que já abrangeu 200 trabalhadores, o PER prevê a saída de mais 325 funcionários da empresa de mobiliário.