Movimentos contra especulação imobiliária fazem "leilão performativo" para "vender freguesias em Lisboa"
A porta-voz do movimento Vida Justa explicou à TSF que este leilão é a forma mais simples de chamar a atenção para o problema da especulação imobiliária.
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Freguesia um, freguesia dois, freguesia três. É com esta contagem que os movimentos Referendo pela Habitação e Vida Justa realizaram, esta terça-feira, um leilão das freguesias de Lisboa. Um protesto contra a especulação imobiliária para antecipar a manifestação pelo direito à habitação, agendada para sábado.
Andreia Galvão, porta-voz da Vida Justa, explicou que este leilão é a forma mais simples de chamar a atenção para o problema da especulação imobiliária.
"Este protesto serve como uma forma também de chamar a atenção para manifestação que vai acontecer no dia 27 de janeiro e é uma performance na qual vai ser ironizada a crise da habitação em Lisboa, em particular. Vamos fazer um leilão performativo em que vamos vender as freguesias de Lisboa, mas na verdade isso transporta o sentimento que muitos moradores e associações culturais têm sentido ao serem desalojados e afastados, especialmente do centro de Lisboa", contou à TSF Andreia Galvão.
A representante do movimento Vida Justa destaca ainda outras iniciativas a decorrer.
"Nós vamos ser evidentes na nossa mobilização com alguns cartazes, que são uma sátira do site Idealista. Não são contra a plataforma, mas objetivo é expressar o que as pessoas sentem quando se deparam com os preços, que são surreais, e, ironicamente, foi escolhido o nome Surrealista para mostrar esses preços, que são exatamente a própria sensação das pessoas ao verem os preços praticados em Lisboa", explicou a porta-voz do movimento Vida Justa.
