O CDS pretendia que o Programa de Estabilidade fosse alterado e rejeitado mas PS, PCP, BE, PEV votaram contra. O PAN absteve-se. Apenas o PSD votou ao lado dos centristas.
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"O "cristismo" é irrequieto mas é inconsequente. O CDS obrigou o programa a ir a votos e com as suas armas de Carnaval, embateram na muralha de aço em que esta maioria se transformou", sublinhou o socialista Ascenso Simões.
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Na resposta, Mota Soares do CDS não deixou em branco a referência a Vasco Gonçalves:
"Muralha de aço, todos nós nos lembramos, era aquela expressão usada para apoiar o primeiro-ministro Vasco Gonçalves! Foi exatamente a expressão de que o Partido Socialista se lembrou para configurar esta nova maioria que nós temos na câmara".
E ironizou para o deputado socialista:
"Com amizade, eu só lhe queria lembrar uma coisa: o Sr. começa a citar a muralha de aço e ainda acaba a citar a cortina de ferro, só que vai ficar do lado de lá, pelos vistos não fica do lado da liberdade".
O Parlamento chumbou esta sexta-feira dois projetos de lei do CDS que visavam alterar e rejeitar o Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo.
O CDS que, num primeiro momento, recomendava ao Governo que levasse a votos o Programa de Estabilidade, acabou por substituir a formulação inicial, passando a defender a rejeição do documento.
Na hora de votar, confirmou-se o chumbo antes anunciado pela atual maioria: PS, BE PCP e PEV votaram contra os dois diplomas. O PAN optou pela abstenção.
O PSD juntou o voto favorável ao do CDS.