
Vítor Gaspar durante a sua intervenção na Universidade de Verão do PSD
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O ministro das Finanças não tem dúvidas que serão precisos muitos sacrifícios para que Portugal saia da crise, mas mostrou-se confiante de que esse objectivo vai ser alcançado.
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O ministro das Finanças reconheceu, este sábado, que serão necessários muitos sacrifícios para que Portugal saia da crise, até porque «não há qualquer solução milagreira» para o problema.
«Milagres não vão ser possíveis. A situação é difícil e grave e será necessário um esforço de ajustamento sustentado e prolongado. Vai ser necessário sacrifício, esforço, trabalho e empenho de todos», afirmou Vítor Gaspar.
Na sua intervenção na Universidade de Verão do PSD, que está a decorrer em Castelo de Vide, o titular da pasta das Finanças reiterou a aposta do Governo na consolidação orçamental, diminuição do endividamento e crescimento económico.
Falando de pé perante os alunos desta universidade, Vítor Gaspar lembrou que o programa de ajustamento financeiro foi escrutinado nas últimas eleições e que teve o apoio de outros partidos, daí não fazer sentido não o aplicar.
«O não cumprimento de tais condições poderia pôr em causa o programa e a continuidade do financiamento e consequentemente poderia significar uma queda abrupta no acesso ao financiamento da economia portuguesa com condições impensáveis para famílias e empresas», sublinhou.
Este ministro reiterou ainda a ideia de que o «sector público tem de diminuir a sua presença na economia e sociedade portuguesa e libertar a sociedade civil e o Estado tem de confiar nos portugueses».
Aos cerca de cem estudantes desta universidade, Vítor Gaspar disse ainda que esperava ser convidado para uma próxima edição deste evento, não para falar das formas de sair da crise, mas para falar do pós-crise.
«Tenho esperança que o doutor Carlos Coelho me possa voltar a convidar a vir aqui à Universidade de Verão e espero que nesse contexto o tema da minha próxima lição seja 'depois da crise'», concluiu.