O presidente do BES disse que, após a decisão do Tribunal Constitucional sobre o corte dos subsídios, o Governo terá que encontrar uma fonte de receita alternativa, mas que não acredita que sejam implementadas novas medidas de austeridade.
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«Temos que ouvir a proposta que o senhor ministro das Finanças vai fazer. Parece-me que o senhor primeiro-ministro falou de forma correta. Tem que se encontrar uma fórmula substituta [ao corte dos subsídios de férias e de Natal no setor público]», afirmou aos jornalistas Ricardo Salgado, realçando que não está à espera que tal fórmula passe por novas medidas para aumentar a austeridade.
«Não julgo que haja novas medidas de austeridade», revelou o banqueiro, que falava à margem da conferância "Zona Euro, que futuro?", organizada pelo Jornal de Negócios e pelo BES, em Lisboa.
«Será necessário encontrar uma alternativa do lado político, e a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) também deverá ser ouvida», considerou, apontando para a inevitável perda de receita para os cofres estatais que resultará da decisão do Tribunal Constitucional ter considerado inconstitucionais os cortes dos subsídios.
Convidado pelos jornalistas a lançar uma proposta para resolver a questão, Salgado disse que não lhe compete fazer qualquer comentário político.