Diretora da escola de negócios AESE defende ser preciso recrutar mais talentos do exterior. E pede mais audácia aos agentes económicos.
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Fátima Carioca, que dirige a escola de negócios mais antiga do país, afirma que é necessário acolher mais estrangeiros para fazer face à escassez de recursos humanos na economia portuguesa. "Continuamos a crescer mundialmente e o talento existe, outra coisa é se existe em Portugal, mas neste momento não podemos dar-nos ao luxo de escolher só em Portugal", defende Fátima Carioca, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo.
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A engenheira, doutorada em gestão, sublinha, no entanto, que a dificuldade passa muitas vezes pela retenção desse talento. "E aí a questão passa por geri-los de forma diferente: tem que ver com as gerações com que trabalhamos, é um novo paradigma de gestão que tem como base não a tarefa e a presença em si, mas a missão, a participação e a flexibilidade", sublinha.
A diretora da AESE afirma ainda que "falta algum rasgo de audácia" na economia portuguesa. "Para não ser um cheque completamente em branco, necessita de financiamento e investimento. Ideias surgem, mas têm de ser sustentadas em investimento. Por isso é que muitas vezes esse binómio entre investimento e a audácia de criar novos negócios falta, porque falta essa audácia em Portugal", afirma.
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Fátima Carioca defende também que as quotas de género são necessárias nas administrações de empresas públicas e nas cotadas em bolsa. A diretora da AESE revela que já houve tempos em que defendia o contrário, mas, como não houve grandes mudanças, concorda com uma fase transitória para garantir a igualdade.
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