Governo ainda negoceia com Bruxelas um plano de recapitalização, mas o objetivo é chegar aos 5 mil milhões. Empréstimo anterior, recapitalização, imparidades e reestruturação sobem fatura.
Corpo do artigo
O Plano de Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos pode custar cerca de 5 mil milhões de euros - ultrapassando os 4 mil milhões de que se vinha falando até agora, confirmou a TSF.
O plano que está a ser negociado com Bruxelas inclui o pagamento dos Coco's (empréstimos do Estado) feitos em 2012 à CGD, que somam 900 milhões e já deviam ter sido pagos pela instituição em 2015. Mas juntam a isto cerca de mil milhões de euros em exigências de reforço de rácios de capitais feitas pelo BCE. Quase metade das verbas que estão a ser negociadas servirão para fazer face às imparidades, juntando-se mais algumas centenas de milhões para o processo de reestruturação, que o Governo já garantiu não incluir despedimentos - apenas saídas para a reforma e redução de balcões e agências externas.
O plano está a ser fechado em Lisboa e já a ser negociado com Bruxelas - pelo que estes números não são ainda finais, precisando do acordo de Bruxelas para serem implementados. E já foi, nas suas linhas gerais, apresentado esta semana ao PCP e Bloco.
Uma das questões que falta fechar é sobre o faseamento desta operação. Ou seja, se tudo será injetado de uma vez pelo Estado, ou será dividido em partes e anos diferentes. O Governo está a trabalhar com a Comissão e o BCE para avaliar as melhores opções, quer para o Tesouro quer para as contas públicas.