
Global Imagens/Bruno Simões Castanheira
Dados provisórios, recolhidos pela TSF, indicam que as vendas desceram entre 25 a 40 por cento. As associações de comerciantes criticam o novo sistema de faturação e os custos implicados.
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Quebras acentuadas nas vendas traduziram-se numa época de Natal negativa para os comerciantes de Lisboa e do Porto. Contas feitas, as festas de fim de ano não compensaram o saldo negativo dos restantes meses como era habitual.
Carla Salsinha, a presidente da União das Associações de Comércio e Serviços de Lisboa, teme que a situação piore no início deste ano, perante o cenário dos últimos meses.
«Com o novo regime de faturação, estas exigências todas que vão imputar custos, há empresas que já decidiram não abiri a partir do dia 1 de janeiro. Dos nossos associados, muito perto dos 10 por cento poderão estar a pensar não voltar a abrir portas. Com dados oficiais, em outubro e novembro, estavam a fechar por dia, no distrito de Lisboa, 14 empresas do comércio e serviços».
Um número que Carla Salsinha teme que venha a aumentar em janeiro, com «16 a 18 empresas a fechar por dia em Lisboa».
No Porto, as vendas não correram melhorm, desceram mais de 25 por cento. Nuno Camilo, presidente da Associação de Comerciantes do Porto critica os investimentos que as alterações legislativas implicam depois da quebra na faturação durante a época natalícia.
«Não podemos andar todos os anos a fazer alterações ao sistema de faturação. Se numa contração de mercado, como a que existe hoje, vamos pedir a um empresário para fazer um investimento em equipamento e software num valor superior, muitas vezes, a dois mil euros, não é comportável numa altura destas», critica.