Os pesqueiros europeus, incluindo os portugueses, podem voltar a operar em águas de Marrocos, após a emissão das respetivas licenças. A Comissão Europeia já saudou o anúncio de Rabat.
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Ao abrigo da parceria entre a União Europeia (UE) e Marrocos, as águas marroquinas estão abertas a navios de pesca de cinco Estados-membros - Espanha, Portugal, Holanda, Letónia e Lituânia - num total de 63 licenças.
O protocolo ao abrigo do qual são emitidas as licenças em causa, com uma validade de quatro anos, entrou em vigor a 15 de julho último.
A UE vai gastar 30 milhões de euros por ano, 60% dos quais (16 milhões) são a compensação dada a Marrocos pelo acesso aos seus recursos e os restantes 14 milhões destinam-se a apoiar o setor das pescas no país. Os donos dos navios vão ter de suportar um custo estimado em dez milhões de euros.
Contactada pela TSF, a Associação dos Armadores Portugueses diz que Marrocos é um mercado com muito potencial. António Cabral, secretário-geral da associação, sublinha, no entanto, que o número de licenças atribuídas a Portugal não é grande.
António Cabral lembra que as condições climatéricas de Marrocos permitem a captura, por exemplo, da sardinha durante o Inverno. Portugal estava impedido de pescar em águas marroquinas desde dezembro de 2012.