Sindicato e patrões partem com expectativas muito diferentes sobre o tempo que pode demorar a chegar a um acordo.
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O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosos (SNMMP) espera conseguir já esta segunda-feira o reconhecimento desta categoria profissional na primeira reunião com os patrões depois da greve que parou a distribuição de combustíveis.
Francisco São Bento, o presidente do sindicato, admite que desta forma esperam algo já de concreto, deixando as restantes reivindicações para outras reuniões.
O acordo que acabou com a greve e assinado com os patrões (com a mediação do governo) admite que as negociações podem durar até ao fim do ano, mas o sindicato de quem circula com matérias perigosas defende que é demasiado tempo.
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Do lado dos patrões, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) acredita que não será difícil chegar a um acordo, mas defende que esta primeira reunião será apenas para definir o calendário e os temas.
As negociações podem prolongar-se mesmo até ao final do ano, diz Gustavo Paulo Duarte, recordando que as reuniões para fechar o contrato coletivo de trabalho do setor que está em vigor demoraram dois anos e meio.
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O representante das empresas de camionagem defende, contudo, que pode ser fácil chegar a um acordo que evite novas greves, nomeadamente "criando diferenciações destes motoristas de matérias perigosas em relação aos outros motoristas".