Donos privados chegaram esta quinta-feira à empresa pública vendida há dias pelo Estado. Nova administração promete contratar trabalhadores rapidamente e colocar comboios e vagões de bandeira portuguesa a transportar mercadorias nas linhas de vários países europeus.
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Os novos donos da CP Carga querem colocar os seus comboios a transportarem mercadorias por "toda a Europa". A meta, que admitem ser "ambiciosa", ainda não tem datas, mas é apresentada como uma das prioridades pela nova administração que pretende também liderar o mercado ibérico de mercadorias.
À TSF, o diretor-geral da MSC Portugal promete investir e fazer de uma empresa pública com prejuízo uma empresa privada com lucros dentro de três anos que rapidamente terá de contratar trabalhadores.
Carlos Vasconcelos explica que já é certo que a expansão para Espanha vai obrigar a recrutar pessoas, bem como, provavelmente, apenas a atividade da CP Carga em Portugal. Depois de Espanha, a meta é colocar comboios da CP Carga com mercadorias em países como França, Itália, Inglaterra ou Alemanha.
Os novos donos da CP Carga sublinham, contudo, que estes processos de internacionalização exigem uma série de procedimentos e burocracias, pelo que é difícil avançar datas para levar os seus comboios para lá dos Pirenéus.
Entretanto, contra a privatização da CP Carga, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário anunciou esta semana uma greve para o dia 28 de janeiro.
A CP Carga foi comprada ao Estado por 53 milhões de euros, com 51 milhões de euros a serem usados para a recapitalização da empresa.