De acordo com o IEFP, o número destes casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou 95,5 por cento entre novembro de 2011 e o mesmo mês de 2012.
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O número de casais em que ambos os cônjuges estavam desempregado duplicou num ano, revelou o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Segundo números do IEFP, o aumento foi de 95,5 por cento entre novembro de 2011 e o mesmo mês de 2012, tendo o número destes casais em que ambos os cônjuges estão desempregados subido para cerca de 11 mil.
Ainda de acordo com números do IEFP, o número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou cinco por cento entre outubro e novembro de 2012.
Ana Paula Marques, investigadora da Universidade do Minho, lembrou que as decisões destes casais «são mais complexas», uma vez que poderá estar em causa, «uma rutura, deslocação ou procura do emprego fora da sua residência».
Ouvida pela TSF, esta investigadora recordou que este tipo de casos é «absolutamente dramático do ponto de vista social e das consequências ao nível afetivo, familiar, de projeto de vida e capacidade de negociar o que quer que seja das decisões tomadas».
«Uma coisa é estar desempregada e ter o parceiro ocupado a trabalhar e pensar no nosso nicho no sentido de encontrar um emprego e outra é como os dois numa incerteza pensam num nicho que pode ultrapassar a dimensão afetiva para a própria família», concluiu.