Mário Centeno responde ao PSD sublinhando que o caminho do atual Governo permitiu a "aceleração do crescimento". PSD denuncia "vergonha" na CGD, Centeno fala em capitalização em 2017".
Corpo do artigo
O ministro das Finanças sublinhou que é "a reconquista da confiança que permite assinalar que o crescimento económico se confirme e seja reforçado".
E rematou, numa referência aos mais recentes números do crescimento no terceiro trimestre divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística: de 0,8% em cadeia e 1,6% em termos homólogos: "O diabo veste PIB".
Centeno espera que os números de outubro confirmem a tendência.
Numa primeira reação, o PSD já veio dizer que o ministro trouxe ao Parlamento um "momento de humor" e um "orçamento cheio de truques e malabarices".
O deputado social-democrata Duarte Pacheco referiu-se à polémica sobre a atual administração da Caixa Geral de Depósitos para questionar o ministro sobre os compromissos assumidos com a equipa de António Domingues.
"A pergunta é simples, o que se comprometeu com a administração da Caixa, e aparentemente por escrito? Não só a fazer uma lei à medida, para lhes pagar o que eles queriam e a ignorar as mais básicas regras de transparência, como prometeu condições que não tinha poderes para lhes dar. A gestão desastrosa que fez na Caixa merece uma explicação ao país. Quando termina esta vergonha?"
O ministro das Finanças optou, no entanto, por deixar a questão sem resposta, limitando-se a sublinhar a importância de capitalizar o banco público.
"A capitalização da CGD é um processo em curso, que está aprovada, que tem um conjunto de medidas importantes para a CGD e irá decorrer no ano 2017".
Ao abrir a audição, Mário Centeno sublinhou que a governação socialista, com o apoio da esquerda parlamentar, tem vindo "a acumular sucessos na defesa da posição e dos interesses nacionais, retirando do horizonte as sanções e o congelamento de fundos".
Centeno acusou o anterior Governo PSD/CDS de ter deixado "um conjunto de situações cuja resolução se mostrou urgente. Um relógio em conta atrás, feito de embustes, bem maiores afinal do que o da devolução da sobretaxa. Quase tudo estava por fazer", lamentou o ministro.