Manter as contas equilibradas e não abdicar da estratégia orçamental por "lógicas partidárias". É o que aconselha o presidente da Confederação Empresarial de Portugal ao Governo, que diz ter tido uma atitude sensata.
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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que o Governo foi realista. António Saraiva defende, em declarações à TSF, que é do interesse do país manter as contas equilibradas, e quem, por isso, o Executivo faz bem em não abdicar da sua estratégia orçamental.
"Para o Governo, sabendo como sabe o estado do país e o equilíbrio das contas públicas, é o realismo que obriga a não empenhar 800 milhões de euros - que é o custo que o Executivo diz estar em causa", fundamenta o dirigente da CIP.
António Saraiva observa com pesar que "a governação se sobreponha a lógicas partidárias, que lamentamos", e apela à "sensatez e bom senso que o Governo tem que ter em não empenhar o nosso futuro".
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Para António Saraiva, a crise política deve ser evitada, sob pena de criar instabilidade às atividades económicas portuguesas. O líder da Confederação Empresarial de Portugal aguarda que no parlamento ainda seja possível evitar esse cenário.
Havia já, e à partida, "alguma perturbação à estabilidade por sucessivos atos eleitorais - desde logo, dois, as europeias e as legislativas", e estes momentos eleitorais "implicam algum adormecimento de medidas e de reformas", segundo António Saraiva.
"Chamar a isto crise política é tudo o que qualquer atividade económica não quer", concretiza o presidente da confederação empresarial, que deixa dois pedidos: "sensatez para ultrapassar esta anunciada crise", e "que percebam que o país é mais importante do que lógicas partidárias, que, por vezes, se sobrepõem".
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