As obras do IP3, que esta segunda-feira, são lançadas a concurso contemplam uma rede digital de comunicações para facilitar a troca de informações entre os carros e estrada.
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Os veículos que circularem no futuro IP3, daqui a quatro anos, vão receber alertas dentro dos carros.
De acordo com o ministro da Infraestruturas, Pedro Marques, "esta será também uma estrada inteligente que passará a ter uma sistema de wi-fi e tecnologia 5G para que gradualmente com a capacidade dos veículos possa ser estabelecido um sistema de comunicação entre a infraestrutura e os veículos e as pessoas possam receber alertas em tempo real" sobre acidentes na via e problemas de circulação.
O primeiro concurso de obra para a renovação da estrada será no troço entre Penacova e a Lagoa Azul (Mortágua), a empreitada começa em 2019 ano em que arrancam os outros concursos, num valor total de 134 milhões de euros.
Assim, de acordo com o governante, "todo o IP3 vai ser objeto de uma grande intervenção".
Pedro Marques explica que "o que acontece hoje é o primeiro concurso da primeira das obras integrais que serão feitas nesta via ao longo dos próximos anos. Estamos a falar de uma renovação integral. Cerca de 85%, praticamente a totalidade do IP3 ficará com duas vias para cada lado, tendo perfil de autoestrada, e na quase totalidade do restante teremos duas vias para um lado e uma via para o outro".
Com estas melhorias, ao longos dos 75 Km, "reduzirá em cerca de 1/3 o tempo de viagem, com muito mais segurança e obras que são comportáveis, que começam agora mas que se podem pagar sem que as pessoas e as empresas tenham que pagar portagens", promete Pedro Marques.
Para já, nos próximos anos a atenção máxima para as obras rodoviárias vai estar no IP3 daí que "tudo o que tenha a ver com obras no IC12 ou ligações com a A13 ou com ligações a alguns concelhos em especial do Pinhal Interior, podem vir a ser feitas numa fase posterior, mas nenhuma delas faria sentido sem esta requalificação", adianta o ministro.
Limpeza dos matos
Pedro Marques foi ainda confrontado com a multa que a GNR de Viseu passou à Infraestruturas de Portugal (IP) devido à falta de limpeza das bermas do IP3.
O ministro revela que "o que está em causa neste momento é que o IP tem obrigações legais a cumprir, a GNR também tem as suas obrigações. Naturalmente a IP dirá de sua justiça no que respeita a ter os trabalhos executados nas zonas que foram detetadas e naturalmente se há alguma coisa a melhorar a IP está atenta a isso mesmo e está a fazer esse trabalho".
Para Pedro Marques, "a única coisa que é importante assegurar é que continua a execução do enorme plano de limpeza das faixas de gestão de combustível na nossa rede rodoviária. Isso é absolutamente essencial e tem de ser feito em todas as vias incluindo o IP3", conclui.