De acordo com a informação dada à TSF pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) existem questões tecnológicas e legais que podem impedir a compra do passe família.
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O passe família, para toda a região de Lisboa, vai custar 80 euros para todos os elementos de um agregado familiar mas a questão ainda está a ser ponderada.
De acordo com o primeiro-secretário da AML, Carlos Humberto de Carvalho, "ainda não afastámos a hipótese de ser no dia 1 de abril mas não o garantimos. Depende das soluções que se venham a encontrar porque há questões tecnológicas e legais que é preciso ter em conta nestas matérias."
O primeiro-secretário explica qual é o problema. "Ainda estamos a ver como ultrapassar essa questão. Não queremos, não achamos prático um pessoa ir com uma data de papéis e estar meia hora na fila para conseguir ter o passe família. Estamos a falar com o Governo, com AMA (Agência para a Modernização Administrativa) para encontrar uma solução que simplifique essa questão e como é que os serviços da OTLIS e os operadores tecnologicamente darão resposta a isso".
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O que a Área Metropolitana de Lisboa quer é simplificar a forma de acesso a este novo passe família. "Queríamos que pondo o nome da pessoa automaticamente nos desse qual é o agregado familiar e depois era só cada um dos membros do agregado ter o Lisboa Viva", é o desejo de Carlos Humberto de Carvalho.
25 Milhões para tapar possível défice
Entretanto, a Área Metropolitana de Lisboa tem uma almofada de 25 milhões de euros para cobrir a eventualidade de um défice com o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART).
Os passes de Lisboa a 30 ou 40 euros são apoiados pelo Orçamento de Estado mas contam, em parte, com um aumento da procura para compensar a descida nos preços.
O Estado coloca em Lisboa durante este ano (2019) cerca de 70 milhões de euros para financiar o novo modelo de passes sociais. Os 18 municípios da região de Lisboa entram com quase dois milhões de euros mas o primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho não consegue adiantar o custo real desta medida.
"Não estamos em condições de falar em números porque não os temos ainda mas eu diria que a medida custará esses (73 mais cerca de 2) 75 milhões mas, como sabe, os municípios da AML puseram 25 milhões de euros, no ano passado para o sistema de transporte e portanto se não houver aumento de procura nós tínhamos que ir buscar uma parte desses 25 milhões de euros para financiar o sistema. Nós pensamos que vai haver aumento de procura e não será necessário", adianta.
A Área Metropolitana está à espera de um acréscimo de passageiros e vai medir os sinais da procura. "Vamos constituir um grupo de trabalho permanente com os operadores para ver em cada momento os ajustes que são necessário e são possíveis."
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Carlos Humberto de Carvalho explica ainda que os operadores têm planos de contingência para um aumento da procura.
"Nós temos alguns estudos sobre o aumento da procura. Mas estão pensadas por todos os operadores medidas complementares que possam tomar para aumentar a oferta. Todos estão a pensar nisto, uns têm respostas mas os meios pesados [ferrovia] é mais difícil uma resposta imediata", justifica.
O novo tarifário dos passes da Área Metropolitana de Lisboa começa a ser vendido no dia 26 de março.