
O secretário de Estado do Orçamento disse hoje que o país não perdoaria ao Governo se não apresentasse as medidas necessárias para atingir as metas a que está obrigado.
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«Este orçamento foi e é um orçamento que é difícil de apresentar, tem medidas que não são simpáticas para a população, medidas que são necessárias para atingir os objectivos. O país não nos perdoaria se ignorássemos a situação actual, e se não apresentássemos medidas que permitissem atingir estas metas», afirmou Luis Morais Sarmento no último dia de debate na especialidade da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012.
O governante sublinhou ainda que o orçamento «não tem margens escondidas» como terá ficado provado, a seu ver, durante esta discussão, e que também «não tem alçapões de despesa».
Do lado do executivo, Luis Morais Sarmento garantiu que houve sempre disponibilidade para ouvir propostas da oposição, e que o Governo tem "pena" que não tenha sido possível aprovar mais medidas que fossem mais agradáveis para a população, mas que tal não era possível sem a sua devida compensação.
«O Governo esteve sempre disponível para ouvir propostas (...). Mas não é possível aprovar propostas que não estejam devidamente compensadas, que ponham em risco o objetivo, por isso não foi possível aceitar outro tipo de propostas», afirmou, acrescentando que o Governo continuará a contar «com o empenho de todos os agentes políticos» para que ajudem a cumprir as metas que Portugal está obrigado.
Luis Morais Sarmento garantiu ainda que até ao final do ano o executivo irá propor legislação para melhorar e aumentar o controlo orçamental, de forma a conseguir implementar o orçamento que agora discutem.