
José Manuel Ribeiro/Reuters
Os clientes vão pagar, pelos menos, de duas maneiras: poupanças vão render menos, créditos ficam mais caros, conta o Jornal de Negócios.
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Quem tem poupanças na Caixa Geral de Depósitos, verá o rendimento cair de 0,6% para 0,2%; e quem precisar de crédito, vai pagar mais. No conjunto, as duas medidas devem render mais de 400 milhões de euros até 2020.
A esmagadora maioria deste "bolo" - 275 milhões - deve chegar dos juros pagos nos depósitos. O plano baseia-se no pressuposto de que as taxas de juro vão manter-se negativas ou, quando muito, de que não sobem além dos 0%.
Por outro lado, nos próximos quatro anos, a Caixa prevê gastar menos 100 milhões de euros com a remuneração de títulos, apesar da dívida a emitir por causa da recapitalização. Daqui, espera-se qualquer coisa como 150 milhões.
O banco público vai também cobrar juros mais elevados nos créditos e isso deve valer 30 milhões de euros.
O plano prevê ainda o aumento das comissões a pagar pela seguradora Fidelidade: quanto mais seguros forem vendidos aos balcões, mais a companhia terá de pagar. Mas o aumento das comissões vai aplicar-se também a alguns serviços prestados aos clientes da Caixa Geral de Depósitos.