
Lisboa, 15/09/2017 - Novos colaboradores das manhãs da TSF fotografados esta manhã na Escola Superior de Comunição em Lisboa. Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Carlos Carvalhas, João Cravinho, Bagão Félix, Eduardo Madeira, Ana Bola, Francisco Menezes, Jel e Mariana Cabral João Cravinho (Jorge Amaral/Global Imagens)
Jorge Amaral/Global Imagens
João Cravinho defendeu, no espaço "A Opinião", na TSF, que Marcelo Rebelo de Sousa deve manifestar-se contra a falta de combate à corrupção em Portugal.
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João Cravinho considera que o Presidente da República pode e deve intervir, quanto à falta de ação das autoridades portuguesas para reduzir os riscos de corrupção no país.
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Em dois anos, o Greco (Grupo de Estados contra a Corrupção) fez 15 recomendações para que Portugal reduzisse os riscos de corrupção em relação aos seus deputados, juízes e procuradores. O relatório da entidade, divulgado esta semana, conclui que a situação portuguesa é "globalmente insatisfatória", instando as autoridades a explicar "o mais depressa possível" o que estão a fazer para corrigir a situação.
Das 15 recomendações feitas, apenas uma foi cumprida, três foram "parcialmente concretizadas" e as outras onze ficaram em branco.
No espaço de comentário semanal na TSF, o socialista defendeu que as conclusões deste relatório não podem ficar sem resposta.
João Cravinho entende que o Presidente da República tem uma palavra a dizer sobre o assunto.
"O Presidente da República sabe muitíssimo bem que o grande afeto pela democracia está, mais do que em qualquer outro campo, na luta contra a corrupção", comentou o antigo ministro socialista. "Pode enviar uma mensagem à Assembleia da República chamando a atenção para a gravidade extrema das conclusões do Greco e para a necessidade absoluta de que corrigir este campo", sugeriu.
Em última instância, afirma João Cravinho, a responsabilidade final pertence mesmo à Assembleia da República. "Até porque há uma eventual revisão constitucional que é muito importante no meio destas reformas", alertou.