António Costa tem encontro marcado com o presidente angolano no Fórum Económico Mundial de Davos.
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A partir desta terça-feira, e durante quatro dias, governos, organizações internacionais e empresas juntam-se no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, numa reflexão sobre os grandes temas mundiais.
Esta é já a 48.ª edição de um fórum marcado por momentos emblemáticos. Ter-se-á mesmo evitado uma guerra nos corredores de Davos.
Este ano, o governo português estará, mais uma vez, presente e António Costa tem encontro marcado com o presidente angolano num momento particularmente crítico da relação entre os dois países. Uma reunião pedida por João Lourenço.
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A história de Davos até pode dar algumas lições diplomáticas de casos bem mais graves.
O jornalista grego Nick Malkoutzis lembrou à TSF que foi um encontro no Fórum Económico Mundial que fez baixar a tensão entre Grécia e Turquia. Meses antes, os dois países quase tinham entrado em guerra por causa de Chipre e da querela no mar Egeu. Davos mudou tudo.
"Este encontro em Davos foi visto pelas duas partes como uma oportunidade para quebrarem o gelo e foi de facto o que aconteceu", recorda o jornalista. O então primeiro-ministro turco Turgut Ozal reconheceu que o encontro em Davos foi fundamental para evitar o conflito armado.
Portugal à procura de investimento
Além do primeiro-ministro e de Mário Centeno (como presidente do eurogrupo), o Fórum conta com mais um governante português. O ministro da Economia será um dos oradores em Davos. À TSF, Manuel Caldeira Cabral explica que esta é mais uma oportunidade para tentar captar a atenção de alguns dos maiores investidores do mundo.
"O bom momento que Portugal está a viver é um bom momento também para falar dos números portugueses, falar das oportunidades de investimento em Portugal, para fazer com que esses investidores coloquem Portugal no mapa e decidam vir investir no nosso país", defende.
O Fórum de Davos arranca esta terça-feira e termina na sexta-feira.
Para além dos chefes de governo de França, Reino Unido, Alemanha e Itália, o presidente brasileiro, o rei de Espanha, o presidente da Comissão Europeia e o secretário geral das Nações Unidas, conta com uma presença especial - Donald Trump é esperado no quarto e último dia.