A OCDE prevê que o crescimento real do PIB, em Portugal, fique nos 1,9% em 2025 e o mesmo valor (1,9%) em 2026
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou esta terça-feira o relatório com a atualização das perspetivas económicas. Se em dezembro o PIB crescia 2%, agora passa a crescer 1,9% até ao final do ano e a taxa de inflação atinge os 2,1%.
O documento argumenta que “com o aumento dos preços das importações e a manutenção de uma elevada procura de mão de obra, a inflação vai registar uma lenta moderação”.
Para a OCDE, a economia portuguesa só se salva devido à entrada de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. O PRR permite ter uma política orçamental expansionista, “prevendo-se uma flexibilização orçamental de cerca de 1,5% do PIB entre 2024 e 2026”.
Assim, “as despesas provenientes das subvenções do PRR deverão aumentar de 0,7% do PIB em 2024 para 2,3% em 2025 e 1,7% em 2026, impulsionando o investimento e o consumo público sem afetar o saldo orçamental”, explica a OCDE.
Em contraciclo com o PRR está o impacto das taxas Trump na balança de transações. Para Portugal, “prevê-se que o crescimento das exportações continue a abrandar devido ao abrandamento da procura mundial, ao aumento das barreiras comerciais e à aplicação de direitos aduaneiros de 10% pelos EUA aos produtos portugueses, incluindo o aço e os automóveis”.
Mesmo assim, a OCDE está otimista que “os excedentes orçamentais sustentados façam com que a dívida pública desça para 89,8% do PIB em 2026”.