Jeroen Dijsselbloem afirma que o orçamento de Portugal "não é o primeiro, nem será o último" que corre riscos de não cumprir as regras europeias. Da Alemanha, chega um aviso do ministro das Finanças.
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À entrada para a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, o presidente do Eurogrupo preferiu desvalorizar o facto de Bruxelas apontar perigos: "é um procedimento normal, no sentido em que o orçamento português não é o primeiro, nem é o único com riscos" de desrespeito pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Mesmo assim, Dijsselbloem não encontra razões para duvidar de Portugal. Pela informação que recolheu, entende que o novo governo está "muito fortemente comprometido com as regras orçamentais europeias e isso é muito importante. É um sinal de confiança e é isso que esperamos ouvir do ministro (Mário Centeno) hoje".
Apesar disso, o presidente do Eurogrupo reforça a ideia de que o governo deve estar preparado para avançar com novas medidas de austeridade, se isso for necessário.
Jeroen Dijsselbloem considera que o compromisso com as regras do pacto de estabilidade e crescimento é a melhor defesa para a atual agitação nos mercados financeiros.
Da Alemanha, chega o aviso do ministro das Finanças. Wolfgang Schauble alerta que "Portugal tem de estar ciente de que pode perturbar os mercados, se der a impressão de que está a inverter o caminho percorrido".
Uma situação que Berlim considera "muito delicada e perigosa" para Portugal.