O défice orçamental das Administrações Públicas atingiu os 6% no primeiro trimestre do ano, o que compara com um défice de 10% registado no período homólogo de 2013, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
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O défice orçamental na ótica da contabilidade nacional - a que conta para Bruxelas - foi de cerca de 2,4 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a 6 por cento do PIB.
Um valor 2 pontos percentuais acima do acordado com a troika para a totalidade de 2014, o que significa que vai ser preciso compensar com défices mais reduzidos durante o resto do ano.
No ano passado, o primeiro trimestre começou com um défice de 10%, mas Portugal conseguiu chegar ao fim do ano com um défice de 5%, ainda que com a ajuda de medidas extraordinárias.
Nas contas ao ano terminado em março, o Instituto Nacional de Estatística (INE) concluiu que o défice atingiu os 4% do PIB, um resultado para o qual contribuiu o aumento das receitas e a diminuição das despesas.
Do lado das despesas, valeu o contributo da redução da despesa corrente, em destaque das despesas com pessoal. Do lado da receita, pesou o aumento do dinheiro pago em impostos.
A meta do défice com que Portugal se comprometeu perante a troika para este ano é de 4% do PIB.