O total da despesa consolidada para o Ministério do Planeamento e Infraestruturas aumentou 20,1% (+645,1 milhões de euros), em relação ao estimado em 2017, para mais de 3,8 mil milhões de euros.
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Segundo o relatório da proposta de lei do Orçamento de Estado para 2018 (OE2018), este aumento resulta principalmente da despesa efetiva, que regista uma variação de 12,7%, para a qual contribuiu a evolução da despesa com investimento (+20,7%).
No documento lê-se que a despesa efetiva das empresas públicas reclassificadas aumentou em 276,3 milhões de euros, quando comparada com a estimativa de 2017, face ao "crescimento do investimento das Infraestruturas de Portugal e da CP - Comboios de Portugal".
"Destacando-se as ações previstas no âmbito do plano de investimentos do programa orçamental, afetas aos setores das infraestruturas e transportes", com destaque para o setor ferroviário e beneficiação da rede rodoviária.
"O subsetor Estado apresenta um acréscimo, essencialmente decorrente das dotações cobertas pela contribuição do serviço rodoviário", lê-se ainda.
No âmbito da despesa corrente, a aquisição de bens e serviços correntes, as despesas com o pessoal e os juros e outros encargos totalizam cerca de 1,3 mil milhões de euros, que representam 32,3% do total do programa, com maior incidência nas entidades públicas reclassificadas.
Nas operações financeiras é sublinhada a "evolução positiva das dotações afetas a ativos, da responsabilidade da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, e dos passivos pela amortização de empréstimos concedidos às empresas públicas reclassificadas".
Quanto às parcerias público-privadas da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, está em causa o montante de mais de dois mil milhões de euros.
As medidas referentes a transportes ferroviários e rodoviários ultrapassam os 1,7 mil milhões de euros da despesa orçamentada, destacando-se a Infraestruturas de Portugal e a CP -- Comboios de Portugal como entidades mais relevantes.