Na avaliação ao OE2018, o PCP franze o olho a propostas como a eliminação do corte de 10% no subsídio de desemprego.
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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, em Lisboa, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, afirmou que "não há orçamentos previamente aprovados" mas registando "elementos positivos" relacionados com "a luta dos trabalhadores e da intervenção do PCP".
João Oliveira citou o aumento das pensões e reformas, as alterações à política fiscal e do IRS ou ainda o valor mínimo de existência.
Agora, para a discussão no parlamento do orçamento, o deputado comunista disse ser "importante sublinhar" que o ministro da Finanças, Mário Centeno, reconheceu que é "na Assembleia da República que as soluções têm que ser encontradas".
"Registamos o compromisso assumido para a aprovação da proposta que o PCP irá novamente apresentar de aumento de 7% para 9% da derrama estadual de IRC a pagar pelas empresas com mais de 35 milhões de euros de lucros", disse.
Outros compromissos registados pelo PCP são o "alargamento da gratuitidade dos manuais escolares e a eliminação do corte de 10% no subsídio de desemprego".
Na proposta de Orçamento do Estado para 2018 entregue na sexta-feira à noite pelo Governo no parlamento, o executivo prevê um défice orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento económico de 2,2% no próximo ano.
O Governo melhorou também as estimativas para este ano, prevendo um crescimento económico de 2,6% e um défice orçamental de 1,4%. Quanto à taxa de desemprego, deve descer de 9,2% este ano para 8,6% no próximo.