O compromisso foi assumido por Joaquim Miranda Sarmento durante o debate da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP)
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O ministro das Finanças afirmou esta sexta-feira no Parlamento que, após a redução do IRS em 2026, o Governo pretende continuar a reduzir o imposto entre 2027 e 2029, a um ritmo de 500 milhões de euros em cada ano.
O compromisso foi assumido por Joaquim Miranda Sarmento durante o debate da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).
O OE2026, disse, traz o quarto desagravamento do IRS "no espaço de um ano e meio", depois da redução no início de 2024 (pelo anterior Governo do PS, de António Costa), da descida a meio desse ano (pelo primeiro Governo do PSD-CDS-PP, de Luís Montenegro), da atualização dos escalões no OE para 2025 e na alteração das taxas em julho deste ano.
"Vamos em 2027, 2028 e 2029 continuar com o ritmo próximo dos 500 milhões em cada ano e, portanto, procurando continuar a desagravar a carga fiscal das famílias", afirmou.
"Queremos continuar a reduzir o IRS. Temos no programa das eleições de 2025 uma redução de 2.000 milhões no IRS até o final da legislatura", afirmou, antes de clarificar como será feita a repartição da fatia do desagravamento que falta cumprir depois de 2026.
A distribuição foi referida por Miranda Sarmento na sequência de uma pergunta colocada pelo deputado do PSD Alberto Fonseca, que quis saber se a redução de impostos estava concluída ou se iria continuar nos próximos anos.
Para 2026, a proposta do orçamento traz uma redução das taxas de IRS em 0,3 pontos percentuais entre o 1.º e o 5.º escalão, tal como previsto desde julho, quando foi aprovada a redução do IRS de 2025, por acordo entre o PSD/CDS-PP e o Chega. Na proposta de lei, as taxas do 1.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º escalões continuam iguais às de 2025.
No debate desta sexta-feira, o ministro considerou que Portugal tem "uma redução da carga fiscal significativa", dentro da margem orçamental "possível" para não "desequilibrar as contas públicas e mantendo uma redução da dívida pública robusta".
Miranda Sarmento disse ser importante que o país continue a reduzir a dívida pública, para ficar abaixo de 80% no final da década (2030).