À espera de melhores dias, o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários lamentou ter de apresentar uma estimativa desastrosa para a economia europeia.
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Bruxelas cortou nas estimativas de crescimento a Zona Euro para 2011 e 2012, existindo um forte risco de uma contracção económica.
Nestas estimativas de Outono, o executivo comunitário prevê que a economia portuguesa tenha o pior desempenho da Zona Euro no próximo ano.
«Estou ansioso pelo dia em que poderemos recuperar algumas boas notícias. Mas, por enquanto, o resultado para a economia europeia é infelizmente desastroso», lamentou o comissário europeu.
Olli Rehn esclareceu que a prova disto é que não há sinal de melhoria na situação do emprego, sendo o risco de uma recessão generalizada mais do que evidente.
«O crescimento estagnou na Europa e corre-se o risco de uma nova recessão. Embora se observe um aumento do emprego em alguns Estados-membros, não se prevê nenhuma melhoria real na situação do desemprego no conjunto da UE», diagnosticou.
Para o comissário, «a chave para o relançamento do crescimento e para a criação de postos de trabalho está na restauração da confiança, na sustentabilidade orçamental e no sistema financeiro, assim como na aceleração das reformas para reforçar o potencial de crescimento da Europa».
Rehn entende que a fraca prestação da economia mundial, que se agravou a partir de Maio, traduz-se em resultados negativos para a Europa.
Em comparação com a Primavera, Bruxelas espera «um abrandamento de 4,1 por cento para 3,5 por cento no próximo ano, antes de acelerar ligeiramente em 2013», disse.
«Estamos a prever 0,6 por cento menos no comércio mundial no próximo ano em relação às previsões da Primavera. Parece um número relativamente pequeno, mas estamos a falar de volumes muito significantes», acrescentou.
O comissário europeu falava na apresentação da previsão do Outono para o próximo ano. na qual evidenciou os riscos de uma recessão.
No entanto, em sentido positivo, Olli Rehn acredita que a confiança dos investidores poderá regressar mais rapidamente, considerando que a recuperação do investimento e do consumo privado podem acontecer muito antes do que o previsto.