As duas empresas que chegaram à recta final da privatização da REN já entregaram as propostas para a aquisição de 40 por cento do capital da gestora da rede energética.
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Os dois concorrentes entregaram as respectivas propostas à Parpública, sendo que o caderno de encargos prevê que individualmente não podem adquirir mais de 25 por cento do capital da gestora da rede energética, liderada por Rui Cartaxo.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantiu à troika que «o processo para a privatização da REN está no bom caminho para a conclusão em Fevereiro de 2012», de acordo com uma intervenção escrita, enviada quinta-feira às redacções, que terá feito na abertura do Workshop sobre reformas estruturaisc que decorre até sábado com vários especialistas e com a troika.
Pelo caminho, ficaram os ingleses da National Grid, que, de acordo com o Governo, desistiram devido «à instabilidade nos mercados financeiros europeus», e os americanos da Brookfield Asset Management, sem que, neste caso, tivesse sido avançada qualquer justificação.
Quinta-feira, o Governo fixou o período de indisponibilidade das acções da REN a alienar em quatro anos, acrescentando que uma decisão final sobre o processo demorará, no mínimo, três semanas.
Depois disso, inicia-se uma fase de apreciação dos pareceres de várias entidades e só depois do parecer final da Parpública está em condições de aprovação no Conselho de Ministros.
Após esta fase de privatização, o Estado fica ainda na posse de 11 por cento dos títulos da REN, que o Governo pretende dispersar em bolsa quando as condições de mercado melhorarem.