O Conselho da Autoridade da Concorrência (AdC) adotou uma decisão de não oposição à aquisição do controlo exclusivo da Cimpor pela Camargo Corrêa através da realização de uma OPA.
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A decisão foi tomada na passada quarta-feira, quase um mês depois da notificação prévia da operação (02 de abri), alegando a AdC que esta operação de concentração "não é suscetível de criar ou reforçar uma posição dominante da qual possam resultar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados".
A Camargo correia já é a maior acionista da Cimpor, com 32,9 por cento, seguida pela brasileira da Votorantim (21,1 por cento).
A Camargo Corrêa é constituída por grupo de empresas com atividades em setores como a engenharia e construção, cimento, concessões de energia e transporte, calçado e artigos desportivos, indústria naval e promoção imobiliária.
No domingo, dia 06 de maio, a brasileira anunciou, em comunicado, que a Cimpor vai manter a sua marca, assim como a sua sede e o centro de decisão, em Portugal, mesmo após a compra da totalidade da cimenteira.
«A InterCement pretende manter a sede e o centro de decisão da Cimpor em Portugal, bem como a marca Cimpor» caso a Oferta Pública de Aquisição (OPA) anunciada em março se concretize, disse em comunicado a empresa detida pela Camargo Corrêa.
Entretanto, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já enviou à Cimpor uma versão revista do prospeto da OPA anunciada pela InterCement, com as informações adicionais solicitadas, disse à Lusa fonte oficial do regulador na passada sexta-feira.
A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, anunciou, a 30 de março, uma OPA sobre a totalidade da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação, um valor que a administração da cimenteira considera baixo.