O BE considera que Portugal enfrenta uma «bancarrota social» face aos números conhecidos do desemprego. O CDS defende mudanças políticas «profundas» para inverter a situação e o PCP estima a continuação do aumento do desemprego.
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Após um encontro com dirigentes da CGTP, em Lisboa, o líder do BE citou o memorando do resgate externo a Portugal, que indica um aumento de 150 mil novos desempregados ao número actual, que ronda os 700 mil.
A esses números, Francisco Louçã somou mais uma parcela de pessoas «desincentivadas», que não se inscrevem nos centros de emprego, com trabalhos de horários incompletos, jovens à procura do primeiro emprego e aqueles que frequentam formações sem perspectiva de emprego.
«Estaremos próximo de um milhão», anteviu o líder do BE, sublinhando que, face a «tanto desemprego que estes números revelam», se vive uma situação da «bancarrota social» em Portugal.
Por seu turno, o CDS, pela voz de Pedro Mota Soares, preferiu olhar para o futuro e os caminhos que podem evitar mais desemprego em Portugal.
«Acredito que, se mudarmos de política, se tomarmos um conjunto de medidas de estímulo à actividade das PME, é possível mudar este rumo de crescimento do desemprego», sublinhou.
Do lado do PCP, Paulo Raimundo, que integra a Comissão Política do partido, considerou que o número de desempregados hoje conhecido vai continuar a aumentar por causa do acordo estabelecido com a 'troika'.