Terminada a reunião com o PM, os parceiros sociais manifestaram-se profundamente desiludidos, acusando Passos Coelho de falta de abertura.
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António Saraiva, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), ficou a com a sensação de que o Governo não dá muita margem para negociar o Orçamento.
«O sr. primeiro-ministro discutiu com os parceiros sociais as várias propostas que foram levantadas, deu as explicações que entendeu, mas não sentimos, da parte do Governo, muita abertura para refletir em relação às propostas», sublinhou.
Por seu turno, João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), admitiu que esta reunião teve poucos efeitos práticos.
«A reunião tem sempre o aspeto de poder debater estas questões de uma forma mais detalhada com o primeiro-ministro e, sob esse ponto de vista, acaba de ter um aspeto positivo», considerou.
No entanto, acrescentou, em termos conclusivos, considero que a reunião ficou muito aquém daquilo que julgaríamos necessário».
Do lado dos sindicatos, Carlos Silva, da UGT, saiu da concertação social desanimado e disse não haver condições para os parceiros sociais, nomeadamente a UGT, chegarem a acordo em sede de concertação social se os assuntos que estiverem em cima da mesa para discussão não forem tratados autonomamente.