Atenas aprovou, esta noite, os novos cortes orçamentais para garantir o segundo resgate, que visa impedir que a Grécia entre numa situação de incumprimento descontrolado já em Março.
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Os deputados da coligação governamental no poder na Grécia garantiram a aprovação de mais cortes na despesa no montante de 3200 milhões de euros, segundo mostrou o canal televisivo oficial do parlamento grego.
Mais de metade dos 300 deputados com assento na assembleia já tinham apoiado este pacote legislativo, numa altura em que a contagem dos votos ainda prosseguia.
As medidas traduzem-se, sobretudo, por cortes das reformas mais elevadas da função pública, nos salários dos dirigentes das coletividades locais e em fusões de organismos públicos de investigação.
Estas novas poupanças orçamentais eram a condição fixada pela troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) para autorizar um segundo empréstimo a Atenas, de 130 mil milhões de euros, a que se soma a eliminação de 107 mil milhões de euros da dívida do país.
Desta forma, a Grécia deverá conseguir evitar uma situação de incumprimento descontrolado, reembolsando quase 15 mil milhões de euros de obrigações que chegam à maturidade a 20 de Março.
Estas decisões do parlamento grego ocorrem numa altura em que os sindicatos apelam a uma paralisação laboral de três horas esta quarta-feira, no âmbito de uma jornada de acção europeia contra as medidas de austeridade que se generalizam na zona euro para combater a crise de dívida.
Na quinta-feira decorre em Bruxelas uma reunião dos ministros das Finanças do Eurogrupo, destinada a verificar os progressos das reformas exigidas a Atenas.