O PM admite um desvio de 2,3 mil milhões de euros nas contas públicas, escreve o Expresso na sequência da frase «desvio colossal», alegadamente dita no Conselho Nacional do PSD.
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É assim que o gabinete do primeiro-ministro reage ao jornal Expresso, que dá conta da dimensão do desvio nas contas públicas esperado pelo primeiro-ministro (PM).
O Expresso conta que na reunião do Conselho Nacional do PSD, na passada terça-feira, Passos Coelho terá apontado para um desvio orçamental no final do ano, entre 2,1 e 2,3 mil milhões de euros. Foi nessa reunião que Passos Coelho usou a palavra «colossal», que depois deu origem a criticas por parte da oposição.
Entretanto, fonte do PSD confirmou à TSF que o valor do desvio foi avançado por Pedro Passos Coelho. Contactado pela rádio, o gabinete do primeiro-ministro não comenta o número.
O primeiro-ministro adiantou que alguns ministros estavam a ter surpresas - o ministério da Justiça foi apontado como um dos exemplos.
O gabinete do primeiro-ministro desvaloriza o assunto e lembra os números avançados por Vítor Gaspar na quinta-feira.
Na altura, o ministro das Finanças avançou que vai ser preciso corrigir um excesso de despesa de mil milhões de euros. Ora, somando estes mil milhões aos 1024 milhões de euros que o Governo espera arrecadar com o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal, chega-se perto do desvio mencionado por Passos Coelho - entre 2,1 e 2,3 mil milhões de euros.