O primeiro-ministro disse hoje que o OE para 2013 será «difícil» mas «mais justo», porque representa «uma divisão mais equitativa e progressiva» dos sacríficos.
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«Os portugueses deverão esperar um orçamento que é de dificuldade, que representa um acréscimo muito significativo da carga fiscal para o próximo ano mas que não deixa de ser um orçamento mais justo no sentido da divisão equitativa do esforço que é pedido a todos os portugueses na medida em que os rendimentos são taxados do ponto de vista fiscal de uma forma mais alargada e mais progressiva», disse Passos Coelho aos jornalistas à margem do seminário «A Emigração Portuguesa na Europa - Desafios e Oportunidades», que durante hoje decorre no Porto.
Na opinião do primeiro-ministro este orçamento «permite recuperar a autonomia financeira e orçamental» de Portugal, antecipando que «não deixará de conter também mensagens muito específicas sobre o crescimento e a criação de emprego», não querendo no entanto antecipar essas medidas, que «têm vindo a ser exploradas e trabalhadas ao nível da Concertação Social».
Depois do Conselho de Ministros extraordinário de domingo, Passos Coelho anunciou que a preparação da proposta do Orçamento do Estado para 2013 será concluída na quarta-feira num Conselho de Ministros «que será antecipado de quinta para quarta dada a participação do ministro das Finanças no encontro anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional no Japão».
Segundo o primeiro-ministro a «previsão é de que a partir do segundo semestre o nível da atividade económica possa recuperar», mas sublinha que estas previsões são realizadas partido de premissas.
«A nossa premissa é de que a crise europeia não se vai aprofundar e que portanto os nossos parceiros comerciais - dado que serão as exportações a liderar este caminho de crescimento da economia - não irão ter a sua situação mais degradada de que aquilo que hoje, quando fazemos as previsões, temos em linha de conta», disse.
Na opinião de Passos Coelho este «é um orçamento difícil, o mais difícil, provavelmente, de todos os orçamentos durante este período da execução do memorando de entendimento».