O líder do PSD considera que os últimos meses de 2015 não são "um bom sinal" do que se pode passar em 2016 e que é preciso o governo estar atento aos receios dos investidores.
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Questionado sobre os reparos do Conselho Económico e Social sobre a proposta de OE 2016, Passos Coelho diz não ter ainda lido em detalhe mas sublinha que várias entidades alertam para "os riscos elevados associados" ao Orçamento.
Na leitura de Passos, é essa a razão para que o governo "esteja a ser pressionado" a apresentar "uma segunda linha de medidas".
O presidente do PSD, que agora se recandidata ao cargo, desafia o governo a "não empurrar para a frente" e a "tomar a iniciativa" que evitasse incerteza sobre "plano B ou C". "As coisas não se resolvem por si", diz Passos Coelho.
O anterior primeiro-ministro sublinha que os números sobre investimento e emprego dos últimos meses do ano mostram que "as coisas não correram tão bem" e considera que "se aquilo que se passar em 2016 for projeção de 2015, não será um bom sinal".
Estas declarações foram feitas depois de uma visita de Passos Coelho ao SISAB - Salão Internacional de Alimentação e Bebidas - onde sublinhou a importância das exportações para a economia nacional.