Em Leiria, o líder do PSD defendeu que as reformas do Estado não se fazem desta forma e criticou o Governo por estar a fazer promessas aos trabalhadores precários em ano de eleições autárquicas.
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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje que vai votar contra a integração dos trabalhadores precários na função pública.
Numa intervenção durante a 1.ª Convenção Anual de Administração Pública Reforma do Estado: principais estratégias e desafios, em Leiria, Passos Coelho considerou também que as reformas do Estado não são feitas desta forma e que na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2017 votará contra a medida anunciada.
"O Governo já está a prometer para setembro do próximo ano, que é o mesmo da campanha eleitoral autárquica, integrar no Estado os precários todos. Não sabemos quem são, o que fazem, o que é que vai custar para futuro e quem é que vai ter de pagar isso. Enquanto as reformas do Estado forem feitas assim, estamos mal. E espero ir votar contra isto hoje de manhã, justamente daqui a pouco, no parlamento, dentro da discussão da especialidade do Orçamento do Estado", adiantou Pedro Passos Coelho.
O líder do PSD alertou que o "Estado tem de ter muito cuidado com a despesa que tem em salários, porque entre prestações sociais e salários vai 70% da nossa despesa".
Considerando que o processo de reforma do Estado "é um processo contínuo", o líder do PSD lembrou que a assimetria do país, com uma "certa desertificação humana, do interior para o litoral e do litoral para os grandes centros urbanos", obrigou o Estado a "reorganizar a sua rede e a sua oferta".