Para Passos Coelho, aumentar as dotações e colocar mais dinheiro público à frente dos sistemas, como se fazia em anos anteriores, não garante melhor qualidade na resposta.
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O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho criticou, esta terça-feira, as anteriores políticas de investimento na ciência, uma vez que não foram medidos os resultados concretos.
«Gradualmente iremos romper com as políticas passadas muito baseadas na lógica financeira em que se suponha que, só pelo facto de aumentarmos as dotações e colocarmos mais dinheiro público à frente dos sistemas, isso garantiria uma qualidade na resposta que fossemos capazes de obter», explicou.
Na primeira reunião da Coligação para o Crescimento Verde, Passos Coelho explicou que «durante vários anos, conseguimos transferir mais recursos para o sistema e atribuir mais bolsas», mas os resultados não eram os melhores.
«Quando medimos o número de patentes registadas e o número de artigos publicados, o resultado e a qualidade desse resultado passávamos de indicadores que pareciam comparar muito bem com os países que nos gostamos de comparar para compara muito mal sempre que olhávamos para a substância», sublinhou.
Apesar destas críticas, Passos Coelho considerou que a economia verde é o futuro, por isso, os incentivos fiscais às energias renováveis devem manter-se, se bem que de forma mais seletiva.
«Desde que os incentivos sejam adequados continuar a apostar nas energias renováveis não é um erro. Está a responder a uma necessidade estratégica que temos. Dito isto, temos de medir bem os incentivos que são criados», concluiu.