O primeiro-ministro afirmou que «o cumprimento do programa» de assistência a Portugal «não está em causa», independentemente das negociações na Grécia.
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«Espero que seja possível, dentro do novo Governo grego, acertar um segundo programa de ajuda que dê estabilidade financeira à Europa e que permita aos próprios gregos encontrarem um programa de ajustamento que seja realizável», declarou Pedro Passos Coelho.
O chefe do Governo falava aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse dos membros do Conselho Nacional para a Ciência e Tecnologia, onde esteve também o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Questionado pelos jornalistas sobre se o impasse nas negociações para um segundo programa de ajustamento na Grécia pode obrigar a uma alteração no plano português, Passos Coelho rejeitou em toda a linha esse cenário.
«O cumprimento do nosso programa não está em causa, qualquer que seja o resultado do que se estiver a passar na Grécia», respondeu.
Passos reconheceu que o mundo é «interdependente» e que «não há países imunes ao que se passa no exterior», mas sublinhou o que considerou serem as diferenças em Portugal e a Grécia: «Nós não temos uma situação parecida com a da Grécia, temos uma situação muito mais próxima à da Irlanda, que começou o seu programa há mais tempo, o nosso começou há cerca de oito meses».
«Os indicadores que temos de execução do nosso programa são positivos e isso leva-nos a crer que se concluirmos com sucesso o nosso programa, Portugal estará em condições de vencer a atual crise», reforçou.