Em resposta ao BE, o primeiro-ministro diz que só depois do final do programa de ajuda financeira é que o Governo estará em condições de saber se Portugal precisa de um «programa cautelar».
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O coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, diz que o Governo não tem legitimidade para avançar com um pedido de um novo programa, defendendo que deve haver eleições antes.
Respondendo no debate quinzenal no Parlamento ao deputado do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo, Passos Coelho escusou-se a avançar cenários para o futuro "pós-troika', embora assumindo que Portugal estará atento ao que a Irlanda fizer quando concluir o seu programa de assistência financeira.
«Estaremos atentos para saber o que é do interesse da Irlanda fazer nessa matéria. No dia em que nós estivermos em condições de poder estar a fechar o nosso programa, nessa altura falaremos de detalhes para saber se é um programa cautelar o que é preciso, ou se é outra coisa na assistência que viermos a necessitar para termos pleno acesso a mercado», sustentou o primeiro-ministro.
Pedro Passos Coelho disse também estar «muito comprometido» na conclusão do programa de resgate a Portugal porque «é isso que os portugueses esperam deste Governo».