O primeiro-ministro disse, esta quarta-feira, que o Governo está aberto a dialogar com o PS sobre a introdução de um limite constitucional ao défice.
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É nesta altura o tema quente em Espanha, que na sexta-feira aprova uma alteração à Constituição para nela inscrever os limites ao valor do défice.
Ao lado de Zapatero, Passos Coelho admitiu que o mesmo também pode ser pensado para Portugal, mas lembrou que para isso é preciso os votos do PS.
Passos refere-se à lei de enquadramento orçamental, mas não descarta a possibilidade de constitucionalizar o défice. Ainda esta semana, o PR reafirmou a discordância de Belém em relação a essa matéria.
Tendo em conta que é preciso cumprir o défice, o primeiro-ministro confirmou o agravamento dos escalões mais elevados do IRS e do IRC. A ideia, sublinhou, é «chamar quem ganha mais».
E neste período difícil, Passos Coelho reafirmou em Madrid que não pode haver TGV.
A aposta agora, sublinhou o chefe de Governo na sede do executivo espanhol, é no transporte de mercadorias nos portos de Sines e de Algeciras.
De Zapatero, Passos Coelho ouviu uma palavra de «apoio incondicional». O primeiro-ministro espanhol sublinhou as circunstâncias difíceis de Portugal e prometeu total apoio de Espanha e empenhamento para desenvolver uma União Europeia forte.