O primeiro-ministro português espera que na reunião desta tarde, em Paris, com o presidente francês «seja possível ter uma leitura mais rigorosa» da evolução da crise europeia.
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Durante uma visita oficial a Varsóvia, que termina ao final desta manhã, Pedro Passos Coelho disse esperar «que seja possível ter uma leitura mais rigorosa do que se tem vindo a passar nos últimos dias».
«Tem havido desenvolvimentos, sobretudo em relação ao desbloqueamento da situação grega, de que quero inteirar-me com o presidente francês», explicou.
«Quero inteirar-me com o presidente francês desses desenvolvimentos, porque esta é uma questão importante para toda a Europa, mas também para Portugal, na medida em que toda a instabilidade que se tem vivido afecta o nosso esforço de recuperação», acrescentou.
Passos Coelho aludia assim à conferência telefónica mantida terça-feira entre os chefes de governo da Alemanha, da Grécia, e do presidente francês, em que Berlim e Paris reiteraram a sua intenção de apoiar a permanência da Grécia na Zona Euro, e o governo helénico reafirmou que cumprirá o programa de austeridade negociado com o FMI e a União Europeia.
Além disso, acrescentou o primeiro-ministro, «haverá oportunidade para avaliar a forma como está a decorrer o programa de financeiro de Portugal», depois do acordo assinado em Junho, com a "troika" do FMI para uma ajuda externa de 78 mil milhões de euros a Portugal.
Após a sua chegada a Paris, ao fim da tarde, Passos Coelho reunir-se-á também com o seu homólogo gaulês, François Fillon, antes de rumar ao palácio do Eliseu para conferenciar com Nicolas Sarkozy.