Os edifícios e terrenos da Câmara de Faro que foram colocados em hasta pública não tiveram compradores. A venda deste património iria permitir à autarquia um encaixe de 14 milhões de euros.
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Por dois dias consecutivos, ninguém apareceu para licitar os imóveis em hasta pública.
Desde terrenos para construção de quase 300 fogos, edifícios emblemáticos da cidade, situados na zona histórica, como o antigo Magistério Primário ou a Fábrica da Cerveja, a Câmara Municipal de Faro tenta vender tudo o que pode para encaixar dinheiro.
No total, são 26 imóveis para vender, alguns destinados a equipamentos hoteleiros. Porém, Macário Correia diz que, num contexto de crise em que a banca não empresta dinheiro barato, é difícil aparecerem interessados.
«Tem que haver alguma abertura da banca para a economia respirar, porque senão está tudo bloqueado. Eu vejo isso com preocupação em Faro», afirmou.
O autarca acrescentou que que tem «algumas negociações em curso», que passam pela entrega de imóveis em vez do pagamento das facturas em dinheiro, algo que Macário Correira diz não ter.
No entanto, a maioria dos credores não quer ficar com imóveis que não consegue vender. Só ao principal credor, a câmara deve mais de 300 mil euros e para pagar a dívida de curto prazo seriam necessários 30 milhões.
Mas nem os 16 milhões dos bancos estão garantidos nem os 14 milhões do património aparecem. Ainda assim, Macário Correia garante que, mesmo assim, não desiste.