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O prazo para repor o valor do trabalho extraordinário chega ao fim este ano mas, de acordo com o DN, JN e Dinheiro Vivo, os patrões quer manter o corte no pagamento de feriados e horas extra, em vigor desde 2012.
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As confederações patronais consideram que ainda não há «sinais substanciais de melhoria no dia a dia das empresas» e, por isso, gostariam de ver a «medida prolongada». Esta é a justificação que os patrões dão para defender o prolongamento em 2015 do corte no pagamento dos feriados e horas extras.
De acordo com o jornal eletrónico Dinheiro Vivo, Diário de Notícias e também Jornal de Notícias, este pedido é subscrito pela Confederação Empresarial de Portugal, pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados e de Passageiros e ainda pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. O presidente desta última considera mesmo que a medida, o corte no pagamento das horas extra e dos feriados, deveria mesmo ser considerada estrutural.
A pretensão das confederações patronais e empresariais esbarra, no entanto, nos sindicatos. Em declarações ao Dinheiro Vivo, tanto a CGTP como a UGT garantiram ser contra qualquer tentativa de prolongamento da medida. A CGTP adianta mesmo que, no que depender da central, a medida, se for legislada, será levada à apreciação dos juízes do Tribunal Constitucional .
O corte no pagamento dos feriados e horas extra entrou em vigor em 2012. Na prática passou a pagar-se 25% na primeira hora extraordinária e 37,5% nas seguintes, tendo-se ainda reduzido para metade o valor do trabalho prestado em feriados.
Esta redução deveria ter vigorado até julho de 2014, mas o Governo estendeu-a até ao final do ano depois de um processo de negociação com os parceiros sociais.