PCP considera execução «desastrosa»; BE diz que é «reflexo direto»de medidas anunciadas
O PCP considerou «desastrosos» os números da execução fiscal dos primeiros nove meses do ano e apelou à «derrota» do orçamento de 2013. O Be considerou que os dados divulgados dão conta dos «efeitos da irresponsabilidade do Governo».
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As receitas fiscais nos primeiros sete meses do ano estão 4,9% abaixo do arrecadado para os cofres do Estado em igual período de 2011, menos 1.236,8 milhões de euros, revelou hoje a Direção-geral do Orçamento.
«São dados desastrosos», afirmou José Lourenço, da Comissão das Atividades Económicas do Partido Comunista Português, numa declaração aos jornalistas no Parlamento.
O comunista sublinhou que a queda da receita fiscal nos primeiros nove meses deste ano foi de quase 5%, enquanto nos primeiros oito tinha sido de 2,4%.
«Neste momento há uma diferença, em relação ao ano passado, de quase mil e trezentos milhões de euros em receita fiscal, prova de que as políticas que têm vindo a ser seguidas são políticas desastrosas que, como tínhamos denunciado há muito tempo, conduzem a nossa economia a uma situação de paralisação, de estagnação, de recessão como não há memória», acrescentou José Lourenço.
Por seu turno, o Bloco de Esquerda (BE) considerou que os números da execução orçamental de setembro dão conta dos «efeitos da irresponsabilidade do Governo» e são «reflexo direto» das medidas anunciadas pelo Executivo no início do mês.
O deputado bloquista Pedro Filipe Soares reiterou ainda uma mensagem que o Bloco tem vindo a repetir: «A receita do Governo [para equilibrar as contas públicas e resolver a crise] é errada».
«Chegada a execução orçamental de setembro, o que nós percebemos é que o anúncio de Pedro Passos Coelho no início de setembro teve um reflexo direto nas contas públicas», afirmou o deputado do BE.