O PCP diz que o novo aumento do preço do gás natural é um «assalto às famílias» portuguesas e uma nova forma de «acumulação de lucros conseguidos à custa dos rendimentos da população».
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Em comunicado à imprensa, o PCP considera o aumento do preço do gás natural, juntamente com agravamento dos custos da energia elétrica e dos combustíveis, consequência de um Governo PSD/CDS e da «sua política de assalto aos rendimentos dos trabalhadores e do povo português para garantir os lucros dos grupos monopolistas».
Os comunistas afirmam que esta decisão [aumento] vem confirmar não só a «ocultação das responsabilidades políticas dos sucessivos governos», mas também «a manipulação ideológica da opinião pública que visa dar credibilidade técnica ao saque que está a ser feito ao povo português».
O gás natural deverá aumentar 6,9 por cento, a partir de julho, o que representa um acréscimo de 1,58 euros numa fatura mensal de 23,99 euros, segundo a proposta da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE).
De acordo com a proposta apresentada ao conselho tarifário, a tarifa regulada de venda a clientes finais de gás natural, com consumos anuais inferiores ou iguais a 500 metros cúbicos, terá a partir de 01 de julho e até 31 de dezembro de 2012, uma variação de 6,9 por cento.
Nos últimos dois anos, o preço do gás natural aumentou 3,2 por cento e 3,9 por cento, respetivamente, sendo que ainda assim regista uma queda de 5,8 por cento em relação ao valor praticado em 2008, quando o mercado passou a ser regulado pela ERSE.
«O PCP, ao mesmo tempo que considera que este aumento não pode ser concretizado, apela à continuidade da luta contra as medidas do Pacto de Agressão, pela sua rejeição e pela rutura com a política de direita, e reafirma o seu compromisso com uma política patriótica e de esquerda que tenha como objetivo o controlo público do sector energético e o coloque ao serviço dos trabalhadores, do povo e do país», apelou o partido.