O comunista Bernardino Soares lembra que a realidade demonstra uma «profunda recessão económica e aumento do desemprego». Já Vítor Gaspar fala em «indicadores tranquilizadores».
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O PCP considera que a execução orçamental de maio não pode ser vista como um «sucesso», como o Governo quer fazer crer.
«A realidade demonstra o contrário, porque lá fora a realidade é de uma profunda recessão económica e do aumento do desemprego», lembrou o líder parlamentar comunista.
Para Bernardino Soares, o «aumento da receita fiscal que agora é exibido é feito no fundamental à custa dos rendimentos dos trabalhadores».
«O aumento do IRS vai buscar a trabalhadores e reformados uma parte substancial daquilo que é o aumento da receita fiscal», adiantou.
O líder da bancada parlamentar do PCP notou ainda que «continua a aumentar a despesa com juros, 12 por cento, ao mesmo tempo que se quebra a despesa com o investimento em 23 por cento».
Analisando esta execução orçamental, o ministro das Finanças, considerou que os «indicadores são tranquilizadores» e disse mesmo que esta «perspetiva o cumprimento dos limites do défice para 2013».
«O mês de maio é particularmente relevante como indicador da receita fiscal, uma vez que reflete a entrega do IRS e a entrega trimestral do IRC», explicou Vítor Gaspar.
Na Comissão de Orçamento e Finanças, o titular da pasta das Finanças tinha lembrado que foi precisamente em maio de 2012 «que se materializaram os riscos e incertezas orçamentais».