PCP prevê orçamento retificativo, Bloco diz que opções do Governo foram desautorizadas
Reagindo ao relatório da UTAO sobre a execução de janeiro, o comunista Honório Novo entende que o Governo será obrigado a corrigir as suas contas mais tarde ou mais cedo. Já o Bloco de Esquerda diz que a UTAO desautoriza as opções do Executivo.
Corpo do artigo
O comunista Honório Novo lembrou que o facto de as receitas fiscais em 2012 terem ficado abaixo do previsto pelo Governo no Orçamento de Estado mostrava que a tendência se ia repetir em 2013.
Reagindo ao relatório da UTAO sobre a execução orçamental de janeiro, este deputado do PCP recordou também que o «disparar do desemprego fazia prever que a despesa com prestações sociais ia disparar acima do previsto no Orçamento de Estado».
«Estes riscos adicionais decorrentes da espiral recessiva, austeridade sem limites e políticas da troika vão provocar mais uma vez que este orçamento não será cumprido e naturalmente o Governo irá apresentar um dia destes mais um orçamento retificativo e uma correção, isto é, novas medidas de austeridade num caminho sem sentido que é preciso travar», frisou.
Já o bloquista Pedro Filipe Soares considerou que o relatório da UTAO «indica que esta receita do Governo de que a austeridade no seu esplendor iria serenar os problemas das contas públicas e levar o país para uma rota de crescimento é desmentida».
Tudo isto «deveria servir para o Governo arrepiar caminho e perceber que não há solução nem saída nesta escolha de uma política de austeridade, porque está a destruir o país, a minar as contas públicas, porque tem menos receitas fiscais e muito mais despesas sociais», concluiu.