Deputado comunista descreve com ironia carta que, enquanto cliente da Caixa, recebeu do banco explicando que ia melhorar os serviços através do fecho da agência onde tem conta. Centeno defende opção.
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"Há dias recebi uma carta da Caixa Geral de Depósitos a gozar comigo", ironizou Paulo Sá. O deputado do Partido Comunista passou a descrever o conteúdo da missiva.
"Dizia assim: 'com o objetivo de lhe prestarmos um melhor serviço vamos encerrar o seu balcão, e a sua conta passa para outro balcão', que por acaso até fica no outro extremo da cidade de Faro", afirmou entre risos das várias bancadas e dos jornalistas que acompanhavam a audição do ministro das Finanças na Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
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O objetivo de Paulo Sá era questionar Centeno sobre a lógica do encerramento e fusão de balcões do banco público, e o governante não se esquivou a defender a medida: "há agências bancárias que atingem dimensões tão pequenas que deixam de poder ter todas as valências do serviço bancário, que exigem aos próprios colaboradores conhecimentos específicos", explicou, ilustrando a ideia: "por exemplo, questões empresariais são muito diferentes das que se colocam aos particulares".
Para o responsável pela pasta das Finanças, "nos concelhos onde vai haver redução do número de agências a regra é que os funcionários dessas que vão encerrar transitem para outras agências do mesmo concelho para reforçar a qualidade do serviço que a Caixa presta, que de outra forma não conseguiria reproduzir em todas as agências". "Ou seja, há também dimensões da melhoria dos serviços que podem por aqui ser conseguidas", defendeu.